segunda-feira, 19 de abril de 2010

Jogos Cooperativo..........

OS jogos cooperativos nasceram milhares de anos atrás, quando membros das comunidades tribais se reuniam para celebrar a vida em volta de uma fogueira.
Na educação fisica o esporte aparece com maior amplitude, levando em consideração que o esporte é competitivo; Segundo Soler, 2006, A educação fisca tem uma relação muito forte com a competição por causa do esporte ,já os jogos são um dos elementos mais utilizados, porem se ministrado de uma forma competitiva ele pode acabar excluindo alunos.Quando aplicados a partir do cooperativismo são um escape dessa realidade assim nos desvencilhando da competitividade do mundo em que vivemos.
"A sociedade capitalista é competitiva valoriza o individualismo e orienta que a produtividade tem na competição o único caminho"
O uso de jogos cooperativos na pratica pedagogica, possui beneficios coletivos, e individuais; Para o coletivo trabalha o grupo, assim expandindo relações amistosas levando à relfexão ,e rompendo os muros das escolas levando a uma mudança social, intervindo na realidade, fora do ambito escolar.
Como tambem trabalha no individual de cada aluno, sua inclusão ao grupo, o prazer de fazer parte de um grupo auto-estima, confiança, respeito mútuo comunicação, entusiasmo, e suas relações sociais e participação mais efetiva.
"Os jogos cooperativos são formas de compatilhar, e unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos ,tendo pouca preocupação com o fracasso e o sucesso .Eles reforçam a confiança pessoal e intrapessoal ,uma vez que ganhar e perder são apenas referencias do aperfeiçoamento de todos". cooperativos.
Os jogos cooperativos são dinamicas de grupos que tem por objetivo, em primeiro lugar despertar a consciência de cooperação, mostrar que a cooperação é uma alternativa possivel e saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles próprios experiências cooperativas.(Barreto apund Soler, 2003 pg,
Essas atividades apresentam valores que surgem perante a cooperação como ,a ajuda mutua, integração ,inclusão respeito ao companheiro,visão do grupo como um todo visando a valorização do coletivo.
Os jogos cooperativos são dinamicas de grupos que tem por objetivo, em primeiro lugar despertar a consciência de cooperação, mostrar que a cooperação é uma alternativa possivel e saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles próprios experiências cooperativas.(Barreto apund Soler, 2003 pg, 21
Essas atividades apresentam valores que surgem perante a cooperação como ,a ajuda mutua, integração ,inclusão respeito ao companheiro,visão do grupo como um todo visando a valorização do coletivo.

O termo fair-play se faz presente nos jogos cooperativos .
Fair-play significa jogo limpo,a busca da ética e moralno desporto. O cooperativismo é uma forma de jogo limpo, pois não há a necessidade de trapacear, todos estão juntos buscando o mesmo objetivo a integração,interação ,inclusão e diversão.
Vloet ,(2006) entende fair-play como, não apenas uma pratica desportiva com honestidade como tambem valores como saúde e a integração social.Contudo a maior finalidade do fair-play não é o desporto como instrumento para promoção de valores ,mas antes alcançar uma pratica desportiva moderadamente sã.
Segue abaixo as tabelas de Brotto sobre as situações que caracterizam a omissão , competição e cooperação e que servem como analise das atividades...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Esporte e Jogo...




JOGO: é toda e qualquer competição em que as regras são feitas ou criadas num ambiente restrito ou até mesmo de imediato, ou seja, as regras podem ser criadas pelos proprios participantes dependendo do local, região, cidade, etc, o jogo também utiliza-se do ludico, onde trabalho com prazer as proprias vontades de quem pratica.
ESPORTE: pode ser considerado como um jogo onde as regras, são estabelecidas por organizações, federações, e têem que serem cumpridas em qualquer lugar onde for realizado ou praticados, e não necessariamente tem que promover prazer aos participantes, pois o esporte normalmente é ligado a competição e não ao ludico.

Museu do futebol


Museu do Futebol podemos observar varios fatos abordadas como um jogo e regras . Onde existem regras rígidas, como as restrições a comer, fumar, maquina fotografia ou filmadora, podemos observar também um "tempo definido" na estrutura do museu, onde se segue um circuito pelas dependências, existe uma ordem a ser seguida pelas salas. O museu do futebol apresenta uma ordem cronológica do futebol e de como ele vem interferindo na sociedade ao decorrer do tempo.
Quando entramos a pôsteres, artigos de todas as épocas preenchem todos os espaços das paredes, com as bolas de todas copas nos mostram a evolução tecnológica , criação e desenvolvimento dos artigos esportivos, os materiais, as costuras, os uniformes, nos fazem relacionar a importância do esporte na sociedade. . .Fala de uma pessoa conhecida que é "Rei" Pelé recepciona os visitantes em vários idiomas diferentes, para muitos apenas Boas Vindas, mais sua imagem se torna muito importante do esporte, o esporte e as artes tem esse poder de transformar a pessoa comum em um "MITO
A via tambem retrata os ídolos nacionais, tanto do esporte, da mídia, política e sociedade e de como eles .
chegamos a uma sala do "futebol jogo", onde podemos identificar elementos do lúdico explicito e implicito definidos por Huizinga, nela podemos jogar uma partida de pebolim e ver também que se usada a imaginação qualquer pode ser utilizada para jogar futebol ou qualquer coisa, bolinha de papel, etc., tudo pode servir como bola na hora da brincadeira ...
Bom eu escrevi aterfatos que eu visualizei no museu do futebol..

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ESGRIMA ...




É uma das mais antigas lutas e a que atualmente se revolucionou por ser a que mais se utiliza da tecnologia.


"Existem vestígios de que as lutas com espadas existem desde 1170 a.C. e que desde essa época, na antiga Roma, havia escolas que formavam especialistas para o combate com armas brancas" (RIBEIRO & CAMPOS, 2007).

A esgrima faz parte dos Jogos Olímpicos da Era Moderna desde o seu início, em 1896 e foi introduzida no Brasil no período imperial, com a intervenção de D. Pedro II.

Combate esportivo
Os competidores (esgrimistas) utilizam armas brancas (florete, sabre e espada) para atacar e defender.

História
Existem relatos da prática da esgrima ja no século XVI em manuscritos europeus, que mostram a prática deste esporte.
Na França durante os séculos XVII e XVIII haviam competições de lutas com a utilização de sabres e espadas.
No ano de 1896, nos Jogos Olímpicos de Atenas, a esgrima fez parte do quadro de modalidades esportivas.
A prática da esgrima chegou ao Brasil durante o período Imperial. Já no começo do século XX, militares do Rio de Janeiro adotavam a prática da esgrima durante os treinamentos.

Regras (armas, pontos e equipamentos)
São utilizadas três armas brancas: florete, espada e sabre.
A espada e o florete, que medem 1,10 m, podem ser usados no combate somente para atingir o adversário com a parte da ponta.


O esgrimista marca pontos, quando toca a região do tronco do adversário com o florete.
A espada pode ser usada para atingir qualquer parte do corpo do adversário.
O sabre (com até 1,05 metro) pode ser usado para atingir, com a ponta ou lâmina, a região da cintura ou acima.

Cada vez que o competidor toca o colete do adversário é marcado o ponto eletronicamente, através de sensores. Ganha o combate, o atleta que somar mais pontos.

No florete e no sabre, existe o chamado "direito de passagem" ou "frase d'arma". Quem começa o ataque tem prioridade de ganhar o ponto se houver toque simultâneo. Se errar o ataque ou se o adversário conseguir se defender antes da resposta, a vantagem passa para o adversário. No caso de acontecer toques simultâneos sem prioridade, ninguém pontua. Na espada, que não existe frase d'armas, em caso de toque simultâneo, ambos os adversários ganham um ponto. Se houver empate num combate de espada, é normal dar aos jogadores alguns minutos para descansar antes que se continue o combate para o toque de desempate. Em raras ocasiões, quando continua se dando a situação de empate, é possível que haja um sorteio que eleja o vencedor.


Nas competições, na etapa classificatória são necessários cinco toques ou três minutos para se vencer. Na etapa eliminatória são precisos quinze toques ou nove minutos. Essas normas podem ser flexíveis dependendo do nível territorial da competição e do órgão responsável


Os lutadores usam roupas especiais para o combate, com o propósito de evitar ferimentos. Máscara metálica ou acrilica, luvas e colete protetor são equipamentos obrigatórios para os homens e as mulheres usam também protetores para os seios.


As roupas utilizadas na esgrima geralmente são brancas, pois quando não havia a possibilidade de praticar a esgrima com fios elétricos, os esgrimistas tinham que molhar com tinta colorida a ponta de suas espadas para o combate. Atualmente, a Federação Internacional de Esgrima permite o uso de outras cores além da branca, já que a tecnologia fez com que esse detalhe perdesse a importância.


Quando não existiam sensores eletrônicos para marcar os golpes e os pontos, o esgrimista gritava touché! (toquei!) para dizer que tinham acertado o adversário.

Pista (local dos combates)
A pista possui de 1,5 m a 2 m de largura e 14 m de extensão. Há uma linha que divide a pista em dois lados iguais. No fundo de cada lado há uma área (de 1,5 m a 2 m) em que o atleta atacado não pode entrar.


Competições de Esgrima
- A competição mais importante da esgrima ocorre durante as Olimpíadas. Esta modalidade esportiva, tanto para homens quanto para mulheres.
- Outra competição muito importante é o Campeonato Mundial de Esgrima, realizado todos os anos (exceto nos anos em que há Jogos Olímpicos).


Benefícios da prática de esgrima
- Aumento da força, equilíbrio e habilidades corporais;
- Melhoria da resistência muscular;
- Melhorias na agilidade de pensamento, raciocínio e tomada de decisões;
- Desenvolvimento da coordenação motora;
- Desenvolvimento do poder de concentração.

Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga...




Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga
INTRODUÇÃO

O que seria do teatro e da filosofia sem a contribuição da civilização grega?

A Grécia Antiga deixou para toda humanidade, principalmente para o mundo ocidental, um dos mais expressivos legados culturais da história, com destaque para filosofia e dramaturgia, pois essas manifestações não eram conhecidas entre as civilizações que antecederam os gregos na história.
A história das civilizações inicia-se por volta do quarto milênio a C. no Oriente Médio com as sociedades hidráulicas nos vales do Tigre e Eufrates, estendendo-se pelo Oriente Próximo, Egito, Índia e China. Culturalmente esses povos conheciam a pintura, escultura, literatura, música e arquitetura, mas não conheciam o teatro nem a filosofia. Essas manifestações nascem apenas com os gregos.
Outro aspecto que se desenvolve somente com os gregos é o esporte. Até então, os exercícios executados pelo homem eram involuntários, em busca da caça para sobrevivência.
O lema do atletismo "mais rápido, mais alto e mais forte" ("citius, altius e fortius"), representado pela trilogia correr, pular e arremessar, foi criado pelo padre Dére Didon em 1896, mas surgiu bem anteriormente, por volta de 776 a C. entre os jovens e soldados gregos, para desenvolver as habilidades físicas e criar competições. Os gregos iniciaram o culto ao corpo e em homenagem ao deus supremo inauguraram os Jogos Olímpicos. Para os gregos cada idade tinha a sua própria beleza e a juventude tinha a posse de um corpo capaz de resistir a todas as formas de competição, seja na pista de corridas ou na força física. A estética, o físico e o intelecto faziam parte de sua busca para perfeição, sendo que um belo corpo era tão importante quanto uma mente brilhante.

Apesar de falarem a mesma língua e de terem unidade cultural, os gregos antigos não tinham unidade política, encontrando-se divididos em 160 cidades-estado, ou seja, cidades com governos soberanos, que a cada quatro anos se reuniam num festival religioso na cidade de Olímpia, deixando de lado suas divergências.


ORIGEM DOS JOGOS

Os antigos gregos não tinham fim de semana de lazer, eles trabalhavam todos os dias, exceto nos mais de 50 feriados religiosos e eventos esportivos, onde destacavam-se os Jogos Olímpicos ou Olimpíadas. Originalmente conhecidas como Festival Olímpico, faziam parte dos quatro grandes festivais religiosos pan-helênicos celebrados na Grécia Antiga e eram assistidos por visitantes vindos de todas cidades-estado que formavam o mundo grego. Os demais festivais eram o Pítico, O Ístmico e o Nemeu.
Sediado na cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus (deus supremo da mitologia grega), o festival Olímpico era muito antigo, mas foi a partir de 776 a C. (data da fundação dos jogos) passou a ser feito um registro ininterrupto dos vencedores. Sabe-se que no dia marcado para o evento, uma forte chuva desabou sobre Olímpia, limitando as competições a uma corrida pelo estádio. Registrou-se assim, a primeira notícia de um campeão olímpico. Tratava-se do cozinheiro Coroebus de Elis, vencedor da corrida de 192,27 metros. Alguns historiadores contudo, acreditam que as primeiras olimpíadas tenham sido bem anteriores ao feito do cozinheiro-atleta
Apesar de inicialmente possuírem um caráter apenas local, já no final do século VIII a C. os jogos passaram a contar com participantes de todas as partes da região grega do Peloponeso. Eram realizados a cada quatro anos na cidade de Olímpia, durante o verão, época em que se iniciava a contagem da "Olimpíada", o período cronológico de quatro anos utilizado para datar eventos históricos.
AS MODALIDADES

Os primeiros jogos limitavam-se a uma única corrida com cerca de 192 metros. Em 724 a C. introduziu-se uma nova modalidade semelhante aos atuais 400 metros rasos. Em 708 a C., acrescentou-se o pentatlo (competição formada por cinco modalidades atléticas incluindo luta livre, salto de distância, corrida, lançamento de disco e lançamento de dardo) e posteriormente o pancrácio (luta similar ao boxe). Os atletas do salto à distância carregavam pesos que os impulsionava para frente e que eram largados antes da aterrizagem. Dessa maneira eles acresciam mais de 30 cm em cada salto.
Em 680 a C. foi incluída a corrida de carros. Com formato arredondado na frente e abertos atrás, os veículos corriam sobre rodas baixas, sendo puxados por dois ou quatro cavalos alinhados horizontalmente. Outras competições com animais foram incluídas, como uma corrida de cavalos montados e outra de charretes puxadas a mulas. Em 600 a C., foi erguido o templo de Hera (esposa de Zeus), onde passaram a ser depositadas coroas de louros para os campeões. O estádio ganhou tribunas de honra e a cidade um reservatório de água. Existiam também hotéis para as pessoas importantes, sendo que o mais conhecido da época foi construído ao redor de uma elegante fonte, onde no final se formava uma espécie de nações unidas entre as cidades-estado gregas.
Até 472 a C. as provas eram realizadas num único dia, sendo que apenas os cidadãos livres poderiam competir, além da participação feminina ser proibida.

Originalmente os atletas competiam nus e as mulheres eram excluídas dos jogos. Certa ocasião, uma mulher decidida a ver seu filho competir, disfarçou-se de treinador. No término da competição com a vitória do filho, a mulher pulou a cerca entusiasmada e tudo foi descoberto. A partir desse dia até aos treinadores foi exigida a nudez.
Os atletas que infringiam as regras estabelecidas, eram multados rigorosamente, sendo que da receita das multas eram erigidas estátuas de bronze a Zeus. Os vencedores recebiam uma palma ou coroa de oliveira, além de outras recompensas de sua cidade, para a qual a vitória representava grande glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos, podendo inclusive, receber alimentação gratuita pelo resto de suas vidas. A homenagem podia consistir até na ereção de uma estátua do vencedor, além de poemas que poderiam ser escritos por Píndaro, poeta lírico que produziu diversas obras, destacando-se hinos em louvor às vitórias de atletas gregos.
É interessante observar que já naquela época existiam torcidas com lugares definidos nos estádios. Há alguns anos, uma expedição de arqueólogos europeus e norte-americanos encontrou em Neméia, evidências de grandes concentrações de moedas de Argos bem atrás do lugar onde ficavam os juízes. Como os jogos de Neméia eram controlados por Argos, a torcida escolhia esse local do estádio, para forçar que as decisões dos juízes fossem favoráveis a Argos.
O caráter festivo dos jogos foi alterado a partir da segunda metade do século V a C., quando a rivalidade entre as cidades, principalmente entre Esparta e Atenas, resultou numa guerra civil conhecida na história como Guerra do Peloponeso. Originalmente sem unidade, o mundo grego estava mais do que nunca esfacelado e enfraquecido, abrindo caminho para o domínio macedônio e dois séculos após para o imperialismo romano.
Durante o Império Romano, as modalidades de combate foram mais valorizadas e apesar da sobrevida, os Jogos Olímpicos acabaram juntamente com a antiga cultura grega, tendo sido banidos em 393 pelo imperador cristão Teodósio, possivelmente por suas práticas pagãs.

UMA OCASIÃO RELIGIOSA

Caso as cidades gregas estivessem envolvidas em guerras durante a realização dos jogos, proclamava-se uma trégua sagrada (ekekheiria), que concedia uma espécie de salvo-conduto aos viajantes a caminho de Olímpia. Na verdade, esses viajantes não iam à Olímpia apenas para os jogos. Iam para o festival religioso, para conversar com outras pessoas vindas de Argos, Esparta, Atenas, Tebas ou outras cidades. Nessa ocasião, poetas e oradores aproveitavam-se do grande afluxo de pessoas para tornarem-se mais conhecidos através da declamação de suas obras. Outros ainda aproveitavam o momento, para diversificar seus negócios, realizados numa grande feira. Pode-se fazer uma idéia aproximada do número de pessoas presentes no festival, considerando o fato de o estádio de Olímpia comportar 40 mil pessoas sentadas.
Na entrada de Olímpia estava o ginásio, onde os atletas podiam treinar. Mente e corpo estavam juntos no ginásio, que era o lugar para conversação e para o aprendizado, tanto como para o exercício e a luta romana.
Apesar do espírito de competição, não podemos nos esquecer que o Festival Olímpico era antes de tudo uma ocasião religiosa, onde o centro de tudo era o grande templo de Zeus. Mais de cem bois eram sacrificados no altar em frente ao templo e seu interior era dominado por uma estátua do deus coberta de ouro. Em frente a ela cada atleta tinha que fazer um sacrifício e orar antes do começo. Existia um comitê organizador que decidia se a moral do atleta lhe dava o direito de competir.

NA ERA MODERNA: "O IMPORTANTE É COMPETIR".

Após o banimento no final do século IV, os jogos foram reeditados em 1896 na cidade de Atenas, por iniciativa do educador francês Pierre de Frédy, o barão de Coubertin (1863-1937). Fascinado pelo comportamento dos gregos no passado, Coubertain convocou em 1894, uma reunião com delegados de 9 países, expondo seu plano de reviver os torneios que tinham sido interrompidos há 15 séculos.



As delegações desfilando em Atenas na primeira olimpíada da era moderna



Nessa primeira Olimpíada da era moderna o atletismo destacou-se como principal esporte, sendo realizadas 12 provas, entre corridas, saltos e arremessos. Nessa época começam a surgir os ídolos, como o grego Spyridon Louis. Considerado o primeiro ídolo de uma Olimpíada, Louis venceu a maratona acompanhado de seu cachorro Zeus, e a ele dedicou sua vitória após ser ovacionado e receber inclusive, uma inusitada proposta de casamento.

Os jogos modernos destacaram-se também pela participação feminina, sendo que a atleta canadense de salto em altura Ethel Catherwood, que em Amsterdã-1928 atingiu o recorde de 1m59, é considerada a primeira musa de uma Olimpíada. Em Munique-1972, foi a vez da ginasta russa Olga Korbut que com três ouros foi consagrada como "musa de Munique", recebendo privilégios e sendo assediada pelo público. Na olimpíada seguinte, em Montreal a ginasta romena Nádia Comaneci, com apenas 14 anos encantou o mundo, recebendo a primeira nota dez de ginástica na história das Olimpíadas, conquistando sozinha para seu país um total de cinco medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze.

O ideal olímpico representado pela velha máxima "O importante não é vencer, é participar", foi defendido pela primeira vez em 1908 pelo bispo da Pensilvânia, durante um sermão aos atletas que disputariam as Olimpíadas de Londres. A frase utilizada posteriormente pelo barão de Coubertain, a quem erroneamente é atribuída, não condiz com a realidade olímpica dos tempos modernos, onde o esporte é visto como "guerra" e cada vez mais são encontradas evidências de doping, como o caso do atleta canadense Bem Johnson que em Seul-1988 teve seu ouro e recorde nos 100 m. cassados pelo Comitê Olímpico Internacional.

Atualmente os jogos contam com mais de 6 mil competidores de cerca de 100 países que disputam mais de 20 modalidades. A tocha olímpica ainda brilha, talvez não com a mesma chama clara e intensa que inspirava seus primórdios há 2 mil e quinhentos anos atrás. Porém, ela ainda pode impulsionar o objetivo de que a cada quatro anos as nações do mundo deveriam esquecer suas diferenças para se unirem em amizade e competição, como as cidades-estado da antiga Grécia.